A ciência contábil é mais antiga do que imaginamos. De fato, a história da contabilidade revela que esta ciência era utilizada desde os primórdios pelos mais diversos povos para fins de se controlar o estoque (inventário) de uma pessoa ou um grupo de pessoas de uma mesma região. Esses povos contavam por meio de pedrinhas, cada uma representava um rebanho. Nesta época a contabilidade também era representada por meio de desenhos rupestres pintados nas paredes das cavernas.
Com o enriquecimento da civilização, a contabilidade avançou de acordo com cada povo e sua cultura. É interessante saber que alguns povos do período antigo, como os da Mesopotâmia, registravam seus bens em papiros enquanto outros efetuavam seus registros em argila (babilônicos).
A história nos releva que o povo egípcio era o mais desenvolvidos em inúmeras áreas do conhecimento. Lá também floresceu um pouco da Contabilidade. Os egípcios realizavam inventários físicos e anotavam sua produção para reportar o patrimônio aos faraós.
O período medieval foi uma era de amplas mudanças para as sociedades antigas, houve o surgimento dos feudos e do ascensão da religião Católica. Devido a isso, aumentou-se a necessidade de aperfeiçoar as técnicas para controlar a riqueza, principalmente os valores empregados nas cruzadas e também os bens da Igreja (poder dominante na época). Assim, na era medieval houve sistematização dos registros – conhecimento formalizado pela obra “Leibe Abaci”, de Leonardo Fibonacci.
Já no período moderno temos a transição dos feudos para as cidades, intensificando a mercancia com a troca de itens e comércio de produtos. As relações comerciais se expandiram, surgiu a relação de pagamentos de impostos para os governantes e consequentemente o volume de patrimônio desses governantes aumentaram. Foi nesse período que o Frei Luca Paciole fez a publicação do seu livro. Nessa era a Europa deu inicio a exploração dos outros continentes. Em 1494, aparece pela primeira vez em um livro: o “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità”, lançado em Veneza, Itália, pelo Frade Italiano Luca Paciole. A Contabilidade, então, é descrita no capítulo “Tratactus de Computis et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas). Este foi o primeiro esboço teórico de técnicas contábeis já utilizadas na Itália, porém ainda pouco divulgada pelos outros países até aquele momento.
Entre as diversas técnicas apresentadas no livro de Luca Paciole é possível identificar a das Partidas Dobradas , que é empregada pelos contabilistas até os dias atuais.
A ciência avançou nessa época em grande parte devido à expansão do capitalismo. Este avanço também está relacionado com os progresso da matemática e dos cálculos financeiros. A profissão contábil, então, iniciou a se estabelecer como uma ciência autônoma.
Vivemos hoje o chamado “período contemporâneo”, onde a ciência contábil já é sólida em teoria e prática no mundo inteiro.
Atualmente, as Normas Internacionais de Contabilidade (International Accounting Standard, IAS) representa o próximo nível da contabilidade: padronização para que esta ciência possa ser interpretada independente do país onde a informação é produzida, atendendo aos anseios do mundo globalizado.
A contabilidade é uma ciência milenar e repleta de acontecimentos históricos no Brasil e no mundo. As atribuições do profissional da contabilidade deixaram de ser apenas o registro dos fatos para se tornar protagonista na tomada de decisões das grandes corporações e governos do mundo.
Segue um vídeo sobre a história da contabilidade produzido pelo CRC-PR:
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Para aprofundamento, aconselhamos também este artigo sobre a história da contabilidade (clique aqui) (artigo em inglês).
Fonte: Suficiência Contábil
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