13 de junho de 2019
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou hoje a primeira rede blockchain do sistema financeiro nacional. O projeto conta com a parceria da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP). O sistema permitirá o compartilhamento de informações entre as instituições financeiras parceiras.
O primeiro caso de uso da rede é o device ID. O protótipo foi apresentado em 2018 e validado neste ano pelos bancos que integram o grupo de trabalho Blockchain dentro da Federação. As estruturas de governança, instrumentos jurídicos e de segurança estão a cargo tanto da Febraban quanto da CIP.“É o uso que vai determinar se vale a pena utilizar o blockchain ou não. Precisamos avaliar se tem sentido ou não usar uma rede como essa. Mas agora, pelo menos, temos o sistema e a possibilidade de interoperabilidade” avalia o superintendente da CIP, Joaquim Kavakama.“Usar ferramenta de blockchain ainda requer análise para mais para frente entrarmos em transações. Porque são volumes grandes, muitas vezes, estão concentrados em algum momento do dia. Então a infraestrutura precisará aguentar.
O próprio blockchain hoje ainda tem limitações quanto a volume e pico de uso, mas estamos trabalhando para isso”, complementa o diretor de negócios e operações da Federação, Leandro Vilain.Os próximos passos, segundo Kavakama, é ter acesso às outras bases de dados e estudar outras possibilidades de uso dentro do sistema. “Se conseguirmos ter acesso às informações de empresas de telecomunicações, esses dados já estarão incorporados no sistema e no caso de um roubo, por exemplo, esse acesso poderá impedir uma fraude”, exemplifica.
Atualmente, a única possibilidade do blockchain é a de troca de informações entre parceiros. As instituições que colaboram com o projeto baseado em código aberto são: Banrisul, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco, JP Morgan, Original, Santander e Sicoob.
Fonte: DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços
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